O Grupo Eurobike, que revende veículos Audi, BMW, Land Rover, Mini, AV Agusta, Posche e Volvo, encerrou 2011 com faturamento de R$ 840 milhões, alta de 45% sobre o registrado em 2010. Depois do bom resultado, a empresa se prepara para uma desaceleração nas vendas este ano. A baixa será impulsionada pelo aumento da alíquota do IPI para carros importados de fora do Mercosul e México.
“O mercado de veículos premium será sim afetado pelo decreto”, avalia Alexandre Gaeta, sócio-diretor da companhia. Para ele, o principal impacto deve acontecer na demanda por modelos mais baratos, de entrada. “O consumidor que estava saindo de um modelo topo de linha das montadoras instaladas no Brasil para o primeiro importado poderá repensar a compra”, acredita.
Gaeta afirma, no entanto, que ainda é difícil traçar uma projeção segura antes de as empresas anunciarem os reajustes nos preços dos veículos. A Eurobike espera alta média de 15% a 20%, mas pondera que, com a crise na Europa, as marcas não pouparão esforços para manter o ritmo em mercados emergentes. “A demanda local por carros premium ainda é pequena mas ninguém quer perder espaço aqui. As empresas estão de olho no potencial de crescimento para os próximos 10 anos”, analisa.
Quando o aumento dos preços for anunciado, Gaeta diz que pode haver uma corrida para garantir um bom negócio ou uma interrupção das vendas, para que os clientes esperem oportunidades melhores. Com isso, as vendas da rede de concessionárias Eurobike podem desacelerar até 20% este ano, para algo em torno de 3,2 mil unidades e faturamento de R$ 620 milhões.
Com as vendas apontando para baixo e uma rede de cerca de 22 concessionárias, a companhia vai frear os investimentos. No ano passado o grupo investiu R$ 30 milhões na operação em São José do Rio Preto (SP) e reforma de algumas lojas. Este ano o aporte diminuirá para R$ 5 milhões a R$ 7 milhões para reestruturar os pontos de venda de Porto Alegre (RS).
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