Etanol tem pequena vantagem na cidade de São Paulo
Preços médios praticados mostram que relação com gasolina se aproximou de 70% em fevereiro
AGÊNCIA ESTADO
Está compensando cada vez menos abastecer o carro com etanol na cidade de São Paulo. Dados divulgados na segunda-feira, 4, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que a relação entre o preço médio do derivado da cana-de-açúcar e o da gasolina atingiu 69,82% em fevereiro, ficando inferior ao apurado na terceira quadrissemana (68,23%), mas superior ao registrado no fechamento de janeiro (68,63%).
O uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço de seu litro atinge mais de 70% do valor do litro de gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do combustível extraído da cana equivale a 70% do poder calorífico do derivado de petróleo.
No âmbito do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro, o preço da gasolina teve elevação de 4,01% (de 0,36% em janeiro), enquanto o do derivado da cana avançou 2,70% (de 0,71%). Segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, o repasse da alta da gasolina nas refinarias para o varejo deve perder força ao longo de março, mas o preço do etanol pode subir, dada a entressafra, além de incertezas com a chegada da próxima colheita.
“Pode ser que o etanol suba mais nesta época (entressafra) e se houver problemas na safra”, disse, acrescentando que pesquisas semanais da Fipe mostram que o preço do etanol já está num ritmo maior de alta (5,24%) ante a gasolina (3,46%). Isso tende a reduzir a vantagem do combustível de origem vegetal.
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