Indústria
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17/07/2017
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23h55
NSK comemora 45 anos com crescimento e contratações
Empresa quer chegar a 4 milhões de rolamentos/mês até o fim do ano
MÁRIO CURCIO, AB | De Suzano (SP)
A NSK do Brasil comemorou no dia 17 de julho os 45 anos do primeiro rolamento saído de sua fábrica de Suzano (SP). A companhia de origem japonesa vive um bom momento no País com o mercado de reposição, exportações e o crescimento da produção de veículos com destino também ao mercado externo.
“A fábrica tem 22 linhas de produção e quase todos os setores estão passando para três turnos. Entre julho e agosto vamos aumentar o número de pessoas em 7%”, afirma o diretor comercial, Alexandre Fróes, referindo-se a uma contratação próxima a 30 pessoas, já que a planta de Suzano tem cerca de 400 funcionários.
Em 2016 a produção local teve crescimento “de dois dígitos” sobre 2015 e neste primeiro semestre de 2017 houve alta de cerca de 6% sobre o mesmo período do ano passado, de acordo com Fróes. “Em junho de 2015 produzimos 2,5 milhões de rolamentos. Em junho deste ano atingimos 3,5 milhões e estamos estudando formas de chegar aos 4 milhões mensais até o fim do ano”, diz o executivo, confiante na demanda interna e exportações.
“Tivemos um primeiro trimestre muito forte no mercado interno com o fornecimento aos fabricantes de máquinas agrícolas e para automóveis também. Nas exportações houve uma demanda grande para os Estados Unidos. As vendas para a Argentina também aumentaram”, diz. A empresa tem um escritório no país vizinho, outro no Chile e também envia seus rolamentos ao Uruguai e Paraguai, onde há representantes comerciais. Mas só Brasil e México têm fábrica na América Latina.

Primeiro rolamento NSK feito em Suzano é de 17/7/1972; empresa produz desde o rolamento de roda comum até o de 3º geração, aquele com sensores integrados no alto da imagem direita (fotos: Mário Curcio).
Vale ressaltar que o crescimento em 2017 será sustentado por todos os segmentos em que a NSK atua no Brasil. Cinquenta por cento dos rolamentos que saem de Suzano são para o setor automotivo (veículos leves, pesados e motos) e os outros 50% têm como destino o segmento que ela classifica como industrial, composto por máquinas agrícolas, motores elétricos e bombas, entre outros.
Um setor que tem ajudado a trazer volume para a fábrica é o de duas rodas. A empresa fornece para a maioria das fábricas instaladas em Manaus e desde o fim de 2016 ampliou sua atuação no mercado de reposição de motos. A ação começou no Centro-Oeste (veja aqui) e, segundo Fróes, já obtém bons resultados também no Sudeste.
EM SUZANO, A PRIMEIRA NSK FORA DO JAPÃO
A unidade de Suzano foi a primeira da NSK erguida fora do Japão. Produziu 1,15 bilhão de rolamentos desde 1972. Fabrica rolamentos de 2,6 a 20 centímetros de diâmetro, mas também revende modelos menores ou maiores que estes, trazidos de outras plantas. É a única indústria de rolamentos no Brasil a fabricar as próprias esferas. No setor automotivo, produz desde os rolamentos de roda comuns até os de terceira geração, já com sensores eletrônicos integrados.
Para as montadoras de motos são fabricados cerca de 170 modelos, que resultam num fornecimento mensal de 800 mil unidades. A fábrica brasileira também tem o próprio centro tecnológico, um dos 14 existentes.
Em novembro do ano passado a companhia chegou aos 100 anos. Em todo o mundo a NSK tem 64 fábricas, em 12 países. O faturamento no ano fiscal de 2016 foi de US$ 8,9 bilhões.
Tags: NSK, rolamentos, automotivos, duas rodas, motos, Alexandre Fróes, Suzano.