Patrice Lucas, presidente da PSA, avalia cenário no Brasil e na América Latina
Mercado
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31/07/2018
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14h18
PSA projeta mais um ano rentável na América Latina
Brasil deve voltar ao lucro até 2021, quando o grupo espera aumentar a participação de mercado para 5%
SUELI REIS, AB | De Porto Real (RJ)
Há três anos o Grupo PSA comemora seu desempenho positivo na América Latina: após anos conturbados, a companhia vem registrando lucro nos últimos três anos, desde o exercício de 2016 e ao que tudo indica, com as vendas 1,7% maiores no primeiro semestre e um volume de 98 mil unidades já entregues na região, este será mais um ano positivo, embora no Brasil a empresa ainda registre prejuízo.
“Apesar do contexto desfavorável, 2018 indica que seremos rentáveis novamente na região”, afirma o presidente do Grupo PSA para o Brasil e América Latina, Patrice Lucas, que também é membro do comitê executivo da companhia. “Nosso objetivo é tornar o Brasil rentável no mais tardar até 2021, quando termina o plano estratégico global Push to Pass”, acrescenta.
Segundo o executivo, que assumiu a operação da região em março deste ano, o cenário na América Latina permite ao grupo planejar um crescimento rentável, ainda que a participação permaneça estável em 3,9%, considerando os dados da primeira metade de 2018. Fora do Mercosul, as vendas se mostram mais robustas, onde o crescimento é de 19%. Lucas atribui o desempenho à bem-sucedida ofensiva de produtos em toda a região para o segmento leve, principalmente na categoria SUV, com os novos Peugeot 2008, 3008 e 5008, além dos utilitários Citroën Jumpy e Berlingo e Peugeot Partner, estes dois últimos renovados e lançados na última semana por aqui.
Já no Brasil, a PSA avalia que o mercado se comporta diferente desde a greve dos caminhoneiros, no fim de maio, que impactou toda a economia do País. O presidente da montadora afirma que é difícil ter uma visão clara porque o mercado e as condições econômicas mudam com frequência. “Se em 2011 falávamos que o mercado chegaria a 5 milhões de unidades em 2018, sabemos que hoje a projeção da indústria é de 2,4 milhões de veículos vendidos para no ano. Também é importante ressaltar as mudanças do PIB: esperava-se até pouco tempo um crescimento de 3%, mas hoje se fala em algo próximo de 1,3%.”
Contudo, ele reforça que a estratégia local está consolidada dentro dos fundamentos do plano global Push to Pass, focada na busca pela eficiência da operação, com a redução dos custos ao mesmo tempo em que trabalhará com produtos que permitem elevar seu valor agregado e consequentemente, o preço final para o consumidor.
“A meta para o Brasil é elevar nossa participação nesse mercado, atualmente em 1,9% para 5% até 2021 com novos produtos, o que inclui o novo Citroën C4 Cactus, que será lançado já no fim deste mês”, revela.
Dos 16 novos modelos previstos para a região entre 2016 e 2021, a empresa já lançou sete deles, faltando nove. Segundo Lucas, o plano é que cada uma das marcas do grupo lance um modelo por ano até lá. Entre os lançados, estão os Peugeot 3008 e 5008, além do utilitário Expert, além dos Citroën C4 Lounge, Jumpy, Berlingo e o próximo já com data marcada, o novo SUV compacto Cactus (leia aqui).
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