Os metalúrgicos da fábrica da Ford em Taubaté (SP) estão em greve desde a segunda-feira, 21, quando os empregados paralisaram a produção após a demissão de doze funcionários. Na terça-feira, 22, dirigentes sindicais e trabalhadores se mobilizaram na porta da fábrica, na qual apenas funcionários de setores essenciais puderam entrar.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, a produção segue paralisada e a paralisação continua por tempo indeterminado. Ainda de acordo com a entidade que representa os trabalhadores, as negociações pela manutenção dos empregos começaram em setembro do ano passado, quando a montadora alegou ter um excedente de 350 trabalhadores em Taubaté. Um programa de demissão voluntária (PDV) foi aberto em novembro, com adesão de 128 trabalhadores. De acordo com os integrantes do Comitê Sindical de Empresa (CSE), ainda estavam sendo negociadas outras medidas para administrar o excedente.
“Não restava outra alternativa para nós trabalhadores. Foi deliberado em assembleia a paralisação por conta da demissão de qualquer pessoa que não fosse através do PDV”, explica o coordenador do CSE da Ford, Sinvaldo Cruz.
O coordenador disse ainda que o sindicato apresentou outras alternativas para equilibrar o excedente de mão de obra alegado pela empresa, entre elas, a adoção de um novo PDV, a redução da jornada e a LR (licença remunerada). “São alternativas viáveis no sentido de buscar a preservação dos postos de trabalho. Estamos disponíveis para dialogar com a empresa e buscar uma alternativa que não passe por um conflito maior. O sindicato está aberto ao diálogo, para que a gente possa rever essas demissões que ocorreram na segunda-feira”, completou.
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