A produção brasileira de veículos somou em março 240,5 mil unidades e anotou queda de 6,4% na comparação com fevereiro. A retração decorre não só do menor número de dias úteis por causa do carnaval, mas também da queda nas exportações e paralisações na Ford de São Bernardo do Campo e também na fábrica da Mercedes-Benz, no mesmo município. No acumulado do primeiro trimestre as montadoras produziram 695,7 mil unidades, total 0,6% menor que o anotado em igual período do ano passado.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já admite a possibilidade de rever para os números de exportação de 2019 (590 mil unidades) e talvez também os de produção (3,14 milhões) em decorrência da crise argentina.
“Ainda temos de avaliar por mais um período o comportamento da Argentina e do mercado interno”, afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale.
Os dois segmentos que levaram à queda na produção no trimestre foram os comerciais leves (79,9 mil unidades, -13,2%) e os ônibus (6,1 mil, -11,2%). A produção de automóveis cresceu 1,5% ao atingir 664,8 mil unidades. Os caminhões tiveram alta semelhante, de 1,3%, com 24,8 mil unidades montadas no trimestre.
ESTOQUES E TRABALHO
Os estoques de veículos em março eram suficientes para suprir 41 dias de vendas, um dia a mais que fevereiro (15 dias nas montadoras e 26 nos concessionários). “O ideal são 30 dias, mas está dentro do aceitável e deve diminuir em abril, afirma Megale.
Em março a indústria automobilística empregava 130 mil trabalhadores, 0,8% a menos que em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado a retração é semelhante, 0,9%. Há 600 trabalhadores cumprindo layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho), mas não há nenhum amparado pelo Programa de Sustentação do Emprego (PSE).
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