A venda de veículos importados trazidos pelos associados à Abeifa (entidade que reúne importadores e fabricantes) somou em novembro 2,8 mil unidades, anotando queda de 18,8% em relação a outubro, que teve três dias úteis a mais. No acumulado do ano foram 31,2 mil veículos, volume 8,7% mais baixo que o anotado nos mesmos 11 meses do ano passado, de acordo com a associação dos importadores.
A entidade vive um momento difícil em razão da desvalorização do real. As vendas da JAC Motors nestes 11 meses ficaram abaixo de 1,9 mil unidades, registrando queda de 48,7% ante iguais meses de 2018. A associada com maior volume de vendas é a Kia Motors, que teve 8,6 mil licenciamentos, mas anotou queda de 19,9%.
A alta do dólar também prejudica a importação de componentes para nacionalização dos veículos. Das quatro associadas com fábrica no Brasil – BMW, Land Rover, Suzuki e Caoa Chery –, somente esta última registrou crescimento nas vendas de seus produtos nacionais.
A queda mais expressiva, de 37,2%, ocorreu na venda dos Land Rover montados no Brasil (2,5 mil carros até novembro de 2019, ante 4 mil em igual período do ano passado). O motivo foi a diminuição gradativa da produção local do Evoque, substituído pelo modelo importado. A montagem na fábrica de Itatiaia (RJ) se concentra agora no Discovery Sport.
“A permanência do dólar acima de R$ 4 tem agitado o mercado interno, mas o impacto mais devastador tem sido para o setor de importação de veículos, pois ainda pagamos os 35% do Imposto de Importação, o maior porcentual permitido pela Organização Mundial do Comércio”, lamenta o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini.
A soma dos importados e nacionais emplacados pelas associadas até novembro alcançou 60,7 mil veículos, resultando em alta de 9,5% sobre iguais meses do ano passado. As marcas que mais contribuíram com esse crescimento foram Caoa Chery, Volvo Cars e BMW. Esta, apesar do recuo de 5,3% em seus modelos nacionais, cresceu 73,1% nos importados (4,3 mil unidades emplacadas até novembro).
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