As 15 marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) registraram em maio crescimento porcentual expressivo de 33% nas vendas de veículos importados em relação a abril. Mas o desempenho continua bastante abaixo dos níveis pré-pandemia, com apenas mil unidades negociadas, volume três vezes menor do que os 3 mil carros vendidos pelos importadores em maio de 2019. A evolução foi sobre base baixa de comparação e o resultado é efêmero, pois o aumento da demanda foi causado por clientes que puderam aproveitar para comprar um modelo importado antes dos inevitáveis reajustes de preços que serão aplicados a partir de junho, provocados pela disparada na cotação do dólar, que passa de R$ 5,00.
A Abeifa destaca em seu comunicado mensal de resultados que “o aumento de vendas em maio não alivia a pressão sobre o setor”, que segue severamente afetado pela pandemia de coronavírus, que fechou a maioria das concessionárias nos últimos dois meses e veio acompanhada por alta recorde do dólar, de mais de 45% só este ano – o real é a moeda que mais perdeu valor no mundo em 2020.
“As consequências da pandemia e a valorização de dólar e euro mostram-se devastadoras para o nosso setor. Em maio, como ainda havia estoques de unidades importadas antes dessa elevação acentuada do câmbio, as associadas puderam segurar seus preços, o que movimentou as vendas. Mas a permanecer a atual volatilidade das moedas estrangeiras, e considerando a finalização do estoque importado com câmbio menos depreciado, os reajustes nas tabelas serão em breve sentidos no varejo”, explica João Oliveira.
Mesmo com o crescimento sobre abril, as vendas de importados em maio representam baixa substancial de 67,7% antes o mesmo mês de 2019, o que aprofunda para 34,2% a queda anual acumulada nos primeiros cinco meses do ano, com 8,9 mil veículos importados vendidos, contra 13,5 mil no mesmo período um ano antes.
PRODUÇÃO LOCAL
As associadas à Abeifa que também têm produção nacional (BMW, Caoa Chery, Land Rover e Suzuki) fecharam maio último com apenas 827 emplacamentos de veículos montados no País, total que representou aumento de 17,5% em relação a abril de 2020, quando foram vendidas 704 unidades, e retração 68,9% na comparação com maio de 2019 (2.655 unidades).
No acumulado do ano, de janeiro a maio a venda da produção nacional das associadas à entidade está baixa de 19,1%: 9.673 unidades emplacadas este ano contra 11.963 em 2019.
Em maio último, ao considerar somente os veículos importados por associadas da Abeifa – total de 1.000 unidades –, o setor teve participação de apenas 1,7% no mercado total de automóveis e comerciais leves no Brasi (56.639 unidades). Com 1.827 unidades licenciadas (importados e produção nacional), a participação sobe para 3,2%.
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