O último Atron 1635 produzido pela Mercedes-Benz em São Bernardo
Comerciais
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30/06/2020
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21h20
Mercedes-Benz encerra produção do Atron
Último modelo de caminhão “bicudo” no mercado será substituído pela linha Axor
REDAÇÃO AB
A Mercedes-Benz encerrou este mês na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) a produção do Atron 1635, o último modelo “bicudo” que ainda restava no mercado brasileiro. A família Atron foi lançada em 2012, com motorização Euro 5, como última remanescente da série de caminhões com cabine semiavançada, e permaneceu à venda até agora como uma opção de entrada entre os caminhões pesados da marca.
Essa configuração de cabine começou a ser abandonada no Brasil desde o fim dos anos 1990, quando a legislação que estabelece o comprimento máximo de composições rodoviárias tornou mais eficientes os “cara-chata”, com cabine avançada, que têm espaço maior de carga.
A Mercedes-Benz informa que vai continuar atendendo os clientes do Atron 1635 com caminhões maiores da família Axor, mais especificamente com os cavalos mecânicos Axor 2036 4x2 e 2536 6x2.
“O Atron concluiu sua missão com êxito. Ele é o último representante de uma geração de caminhões com cabina semiavançada lançada há 31 anos e que deu um salto de qualidade, modernidade e eficiência no mercado brasileiro. Entre eles, eu destaco os extrapesados LS 1935 e LS 1941, antecessores do Axor, e os médios e semipesados de 12, 14, 16 e 23 toneladas de PBT, substituídos depois pelo Atron e, hoje, pela linha Atego”, informa Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.
“Como antecipamos na Fenatran do ano passado, a produção do Atron seria encerrada este ano, dentro de um processo natural de evolução tecnológica de nossa linha de caminhões. O Axor irá manter aquilo que os clientes já conhecem e aprovaram no Atron 1635, agregando ainda mais valor em qualidade, desempenho, economia, conforto e tecnologia. Temos certeza que os clientes logo perceberão esses ganhos, como aconteceu com o Atego em lugar de outros Atron desde 2016”, destaca Leoncini.
A linha de caminhões com cabina semiavançada, que seria denominada Atron a partir de 2012, começou a ser comercializada no Brasil em 1989, com dois modelos médios e três semipesados. Um ano depois, dois pesados foram incluídos à família. O pesado Atron 1635 foi lançado em fevereiro de 2012 e desde então, até maio de 2020, foram emplacadas 4,2 mil unidades no País, principalmente em aplicações como basculante, graneleiro, prancha carrega tudo, porta-contêiner, tanque de combustível, produtos químicos e GLP e outros.
SUBSTITUTOS MAIORES E MAIS POTENTES |
Os pesados Axor 2036 4x2 e 2536 6x2 substituirão o Atron 1635 com vantagens em desempenho e capacidade de carga, a começar pelo motor OM 457 LA de 360 cv de potência (15 cavalos a mais), com 1.850 Nm de torque a 1.100 rpm (400 Nm a mais). A capacidade máxima de tração (CMT) do Axor é bem maior, até 80.000 kg (30.000 kg a mais). O terceiro eixo de fábrica do Axor 2536 6x2 permite plenamente as configurações de semirreboques até 53 toneladas de PBTC (peso bruto total combinado).
Assim como o Atron 1635, o Axor vem equipado com caixa manual de 16 marchas, mas também pode receber o câmbio automatizado Mercedes Powershift G 280, que oferece mais conforto ao motorista, reduz o consumo de combustível e diminui o custo operacional. Também é possível configurar os eixos traseiros com ou sem redução nos cubos.
O Axor tem ainda versões com cabine leito, teto baixo ou alto, ar-condicionado, climatizador, banco pneumático para o motorista, volante multifuncional, tacógrafo digital, freio a tambor para operações mistas, sistema eletrônico de distribuição da força de frenagem (EBD), controle de tração (ASR), freio ABS, retarder (opcional), auxílio de partida em rampa (HSA).
Para atender a demandas específicas de clientes do Atron 1635, a Mercedes-Benz criou uma nova versão básica com cabina leito teto baixo, banco pneumático standard, revestimento de vinil para o interior da cabina e para os bancos, preparação para instalação de rádio/toca CD, câmbio automatizado, eixo traseiro HL-7 com redução nos cubos, relação de eixo traseiro i=4,14 e bloqueio transversal de diferencial.
Também está disponível o kit fora-de-estrad”, com para-choque em aço, estribo articulado, grade dos faróis, barra e protetor do cárter do motor.
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