Após abrir por duas vezes entre agosto e outubro um programa de demissão voluntária (PDV) nas fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos (SP), a General Motors vai lançar um novo PDV na unidade do ABC paulista, desta vez destinado a funcionários com problemas de saúde e capacidade laboral reduzida, segundo confirmou o jornal Dário do Grande ABC com o sindicato dos metalúrgicos da cidade. O plano foi aprovado por assembleia virtual esta semana e deverá ser aberto nos próximos dias, mas a GM não se pronunciou.
Segundo relatou ao Diário o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a fábrica tem hoje cerca de 700 empregados com capacidade laboral reduzida, mas o número de profissionais afastados é 500 pessoas. A planta tem hoje perto de 8 mil funcionários.
Ainda de acordo com o sindicato, no PDV aberto em agosto e reaberto em outubro, 339 pessoas aderiram e foram desligadas, número que ficou abaixo do objetivo da GM, que desde o início da pandemia no País vem adotando ferramentas de afastamento temporário e de redução de jornada e salários, mas vem alertando os funcionários que precisa reduzir seu quadro diante da redução da demanda e da produção observada este ano.
Para os empregados incapacitados que decidirem aderir ao PDV aberto para eles, a GM oferece compensações que vão de 36 salários adicionais para quem tem menos de 36 anos de idade, 34 para os que têm de 36 a 40 anos, 32 se o trabalhador tiver entre 41 e 45 anos, 30 para 46 a 50 anos e 28 para 51 a 54 anos. Todos terão também três anos de plano de saúde pago pela empresa. Já para os que têm mais de 55 anos não há oferta de indenização extra em dinheiro, só as verbas rescisórias obrigatórias e convênio médico por mais dois anos, e por apenas um ano aos maiores de 60.
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PEDRO KUTNEY, AB