Os novos investimentos em siderurgia no Brasil terão de superar as dificuldades de abastecimento de carvão. Companhias como Vale, ArcelorMittal, Techint e Wuhan Iron and Steel planejam adicionar o total de 19,2 milhões de toneladas de capacidade siderúrgica extra no País até 2016, mas alguns projetos podem parar por causa da escassez de carvão siderúrgico, ou coque, avalia o diretor da Sage Consultoria, Luiz Sarcinelli, em uma conferência sobre a matéria-prima no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 29.
“A situação está ficando cada vez mais difícil. A demanda de carvão coque está crescendo na maioria dos países que têm deficiência desta matéria-prima, como China, Brasil e Índia, onde a produção de aço cresce mais”, disse Sarcinelli.
Com os novos projetos previstos, a demanda por coque no Brasil está prevista para dobrar em quatro ou cinco anos, adicionando 23,6 milhões de toneladas de demanda extra, afirmou Otacílio Peçanha, da Negotiare Consultoria. Ao mesmo tempo, os preços do carvão siderúrgico, que já aumentaram seis vezes durante a última década, para cerca de US$ 330 a tonelada, devem continuar a subir com a alta procura conduzida pela China.
As perspectivas para parte dos novos projetos siderúrgicos no Brasil parecem “duvidosas” nesse cenário, destacou Peçanha. Os projetos da mineradora Vale e no Porto de Açu, a serem desenvolvidos pelo grupo EBX do bilionário Eike Batista, podem ainda receber o “empurrão” necessário para serem levados adiante, segundo ele.
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