Apesar de ter quatro dias úteis a menos, o mês de setembro registrou a venda de 4,9 mil máquinas agrícolas e rodoviárias, resultando em uma leve queda de 2,3% ante agosto. No acumulado do ano as montadoras repassaram aos concessionários 34,6 mil unidades, 7,7% a mais que em iguais meses do ano passado. O bom horizonte do agronegócio obrigou a Anfavea, associação que reúne os fabricantes, a rever para cima suas projeções anuais. Em vez de 45,4 mil unidades e alta de 7%, o setor prevê agora 47 mil máquinas, 11% a mais que em 2017.
“Já existem safras de algodão, soja e milho negociadas até 2022”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto. Ele recorda ainda que a contratação de empréstimos do Moderfrota aumentou 45% no primeiro bimestre do ano-safra 2018/19 sobre igual período do ano passado.
“Os problemas comerciais entre a China e os Estados Unidos favorecem o Brasil. E neste ano a área de plantio de soja no País aumentou em 1 milhão de hectares”, recorda o executivo.
O maior volume de venda de máquinas permanece com os tratores de rodas, que somaram 28,8 mil unidades no período, 4,2% a mais que em igual período do ano passado. Dentro desse segmento, a maior alta (de 11,8%) ocorreu para os modelos com potência acima de 130 cavalos. Outros dois tipos de máquinas favoreceram o crescimento no acumulado do ano, as colheitadeiras (3,5 mil unidades, alta de 23,6%) e as retroescavadeiras (1,4 mil, acréscimo de 66,4%).
MERCADO EXTERNO ESFRIA
Assim como ocorreu para os veículos leves e pesados (leia aqui), a retração no mercado argentino também obrigou a Anfavea a revisar para baixo a exportação de máquinas agrícolas. No entanto, em vez de queda no volume total a Anfavea prevê um empate com 2017, em 14 mil unidades.
Isso ocorre porque a retração na venda de tratores à Argentina foi compensada pelo aumento do envio de máquinas de construção aos Estados Unidos. O acumulado até setembro mostra um total de 9,7 mil máquinas agrícolas e de construção enviadas ao exterior e ligeira queda de 2,4%.
Pelas novas projeções, a produção total terá um aumento de menos de mil unidades. No lugar de 60,4 mil, serão 61 mil máquinas até o fim do ano, 15% a mais que o volume de 2017. No acumulado até setembro as fábricas instaladas no País já haviam montado 46,2 mil unidades, 9,2% a mais que em iguais meses do ano passado.
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