A Volkswagen começa a reabrir suas fábricas paulistas na terça-feira, 26 – o retorno estava programado para a segunda-feira mas foi postergado em um dia por causa do feriado estadual de 9 de julho que foi antecipado para 25 de maio, como forma de reduzir a circulação de pessoas para conter a pandemia de coronavírus. Todas as áreas da planta de motores de São Carlos voltarão a operar de forma gradual, em dois turnos. Já as unidades de montagem de veículos em São Bernardo do Campo e Taubaté retornam parcialmente às atividades, alguns setores seguirão parados até 1º de junho, quando está prevista a retomada completa.
As fábricas com maior volume de exportações estão retornando ao trabalho com maior intensidade, como foi o caso de Córdoba, que exporta mais de 95% das transmissões que produz, e de Pacheco que envia a picape Amarok para 35 países no mundo e passa por processo de transformação para começar a produzir um novo SUV médio-compacto no início de 2021. São Carlos também tem contratos de fornecimento externo para plantas do Grupo VW.
Ainda que de forma gradual, a unidade de São Carlos vai voltar a operar em dois turnos todas as áreas de produção, incluindo os motores da família EA211 nas versões 1.0 e 1.6 MPI (aspirados) e os turbinados 1.0 e 1.4 TSI, além do antigo EA111 1.6. “Estamos priorizando neste primeiro momento o abastecimento para os mercados externos, como a exportação dos motores 1.4 TSI para o México, bem como a produção de motores para nossa unidade em São José dos Pinhais, que voltou a produzir o T-Cross”, explica Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen para a América Latina.
RETORNO COM NOVOS PROTOCOLOS
As fábricas paulistas da Volkswagen ficaram fechadas por cerca de dois meses. Assim como ocorreu em São José dos Pinhais, a volta ao trabalho acontece com a intensificação de medidas de higiene e segurança, adotadas com base nas experiências das fábricas do Grupo VW na China e Alemanha, seguindo protocolos internacionais e do governo brasileiro. As equipes administrativas continuarão trabalhando remotamente, em home office.
Segundo a empresa, foram estabelecidas mais de 80 regras e medidas, reunidas em uma cartilha digital, para serem seguidas por todos os empregados no regresso às atividades, que entre outras ações inclui distanciamento de 1,5 m entre as pessoas, instalações preparadas com sinalizações de segurança e higiene, uso obrigatório de máscaras nas dependências das fábricas (a VW distribuiu 67 mil máscaras de tecido do projeto Costurando o Futuro), limpeza e desinfecção periódica de todas as áreas, medição de temperatura dos empregados antes de ingressar no ônibus fretado e na fábrica, aumento do número de fretados para garantir maior distância entra as pessoas, uso de luvas para servir-se e demarcação de assentos nos refeitórios, instalação de postos de atendimento médico (três em São José dos Pinhais, seis na Anchieta/SBC, três em Taubaté e um em São Carlos) para orientação, triagem e atendimento mais rápido. A Volkswagen também compartilhou com fornecedores e rede de concessionárias as orientações e melhores práticas.
“Este reinício está sendo um grande aprendizado para todos nós. Começamos em São José dos Pinhais na semana anterior e tudo correu de forma tranquila. Os empregados entenderam a importância da implementação das medidas e estamos retomando aos poucos a produção. Tenho a certeza que o mesmo vai ocorrer nas demais fábricas que temos no Brasil”, avalia Pablo Di Si.
Conte-nos o que pensa e deixe seu comentário abaixo
Os comentários serão publicados após análise. Este espaço é destinado aos comentários de leitores sobre reportagens e artigos publicados no Portal Automotive Business. Não é o fórum adequado para o esclarecimento de dúvidas técnicas ou comerciais. Não são aceitos textos que contenham ofensas ou palavras chulas. Também serão excluídos currículos, pedidos de emprego ou comentários que configurem ações comerciais ou publicitárias, incluindo números de telefone ou outras formas de contato.
RECEBA POR E-MAIL A NEWSLETTER AUTOMOTIVE BUSINESS
Para receber todos os dias as notícias mais importantes do setor automotivo nacional e internacional, sem nenhum custo, basta inserir seu e-mail no campo abaixo
Levantamento mostra que unidades de produção vão parar por 5 a 12 dias por causa da pandemia, mas há suspensões mais longas e redução de turnos devido à falta de componentes
REDAÇÃO AB
Medidas foram tomadas para ajudar a conter o novo avanço da Covid-19 e também pela falta de insumos. Confira como fica a situação de 17 montadoras no Brasil
REDAÇÃO AB