Momento em que os empregados da Volkswagen em São Bernardo do Campo aprovam a proposta da empresa: aprovação superior a 97% em todas as assembleias nas quatro fábricas
Seguindo a mesma decisão esta semana dos trabalhadores das plantas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR), na tarde de quinta-feira, 17, os empregados da fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos (SP) também aprovaram o novo acordo trabalhista negociado pela empresa com os sindicatos de suas quatro unidades produtivas no País.
Com os resultados das assembleias realizadas esta semana que contaram a aprovação de mais de 97% dos empregados consultados, a Volkswagen encerrou a primeira fase de seu plano declarado de reduzir em cerca de 35% o quadro de funcionários (o equivalente a 4,7 mil pessoas) para adequar sua capacidade à nova realidade após o impacto da pandemia de coronavírus, que causou expressiva queda de vendas e produção, aumentando a ociosidade das plantas para cerca de 65%. A empresa não se manifestou ainda sobre o acordo aprovado pelos empregados, pois espera pela homologação na Justiça do Trabalho, o que deve ocorrer nas próximas semanas.
De forma geral, os sindicatos saíram satisfeitos das negociações de cerca de quatro semanas com a empresa, e recomendaram aos trabalhadores a aprovação do acordo. Isso porque reverteram a possibilidade de demissões em massa e conseguiram a promessa de cinco anos de estabilidade, até 2025, para os empregados que não aderirem ao programa de demissões voluntárias (PDV) que deverá ser aberto em todas as quatro fábricas nas próximas semanas. Os funcionários excedentes, que não saírem no PDV, poderão ser afastados em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), que pelo acordo poderá durar por até 10 meses com pagamento de 82,5% do salário líquido. Também estão autorizadas reduções de jornada e salários.
Quem aderir ao PDV – sem metas divulgadas e com prazo de inscrição ainda a ser definido –, além de todas as verbas rescisórias irá receber de 25 a 35 salários adicionais, dependendo do tempo de casa, que começa em até 10 anos e passa por sete escalas até mais de 30 anos. Após a primeira rodada de adesões será aberta uma segunda fase com incentivo reduzido para 15 a 25 salários.
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