A venda de motos em fevereiro alcançou apenas 57,4 mil unidades. Foi o pior resultado mensal desde junho do ano passado, quando os licenciamentos ainda patinavam após a reabertura dos Detrans. A comparação com fevereiro de 2020 resulta em queda de 28,1%. Ante janeiro de 2021 o recuo é de 33,1%. No bimestre foram emplacadas 143,3 mil motos, o pior resultado para o período desde 2018. Na comparação com 2020 a queda é de 16,5%.
Os números foram divulgados terça-feira, 2, pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários. Esse volume bimestral remonta a 2005, quando a indústria nacional tinha meia-dúzia de fábricas (atualmente são dez).
O principal motivo para a queda acentuada é o desabastecimento de concessionárias por causa do agravamento da pandemia em Manaus, onde está a maioria das fábricas. A Covid-19 forçou a parada ou redução do ritmo das montadoras. E como em outros segmentos, a indústria de motos também enfrenta o desabastecimento de componentes.
“O estoque de motos nas concessionárias está extremamente baixo. Para alguns modelos, a espera chega a 40 dias. A demanda segue aquecida pela consolidação da moto como transporte individual e de trabalho, dado o aumento das vendas do e-commerce”, afirma o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
O ditrigente também afirma que a oferta de crédito se mantém favorável ao setor, com índice de 45% de aprovação dos cadastros. Há quatro anos esse número era próximo a 15%.
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