Em fevereiro as 15 marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) emplacaram 4.258 veículos, 1.844 importados e 2.414 montados no País. O total representa queda de 13,2% sobre o mesmo mês de 2020, com retração maior entre os importadores, que venderam 31% menos na mesma base de comparação, enquanto os modelos montados localmente anotaram recuo de 16,9%. A entidade atribui a evolução negativa do desempenho à falta de produtos provocada por problemas na cadeia global de fornecimento de componentes, o que atrasa as entregas de carros importados e a produção nacional.
Na comparação entre janeiro passado e fevereiro a situação se inverte, com redução menor, de 8,3%, nas vendas de modelos importados, e retração maior, de 16,7%, entre os produzidos no País.
No acumulado do primeiro bimestre de 2021, os importadores associados à Abeifa venderam 3.854 veículos, em queda de 24,1% sobre 2020, enquanto os volumes das quatro montadoras com produção nacional somaram 5.312 unidades emplacadas nos dois primeiro meses do ano, em leve recuo de 2,2% na comparação com igual período do ano passado.
“Tanto na importação como na produção nacional de nossas associadas, o principal motivo da queda abrupta das vendas em fevereiro foi a falta de produtos. A cadeia global de suprimentos teve e ainda tem dificuldades em abastecer as nossas fábricas aqui e nas matrizes”, argumenta João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.
Para o dirigente, o movimento circunstancial da cadeia global de suprimentos agravou mais os problemas que já vinham sendo enfrentados pelo setor, superando até mesmo as consequências do câmbio desvalorizado e da pandemia de Covid-19.
Oliveira avalia que “a aceleração dos riscos da pandemia a curto prazo nos mostra um cenário de incertezas ao mercado interno de veículos, cuja consequência pode afetar ainda mais a já bastante pressionada rede autorizada de concessionárias das marcas associadas à nossa entidade”.
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