Os fabricantes de implementos rodoviários registraram em fevereiro 11,1 mil unidades vendidas, praticamente repetindo o resultado de janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado houve crescimento de 28,9% nos negócios. No bimestre foram licenciados 22,3 mil carretas e implementações de carrocerias sobre chassis, um aumento de 29,8% sobre o mesmo período de 2020.
Os números foram divulgados na segunda-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). O segmento de reboques e semirreboques (carretas) apresentou a maior alta do setor, 47%, com 13,3 mil emplacamentos nestes dois primeiros meses do ano. As carrocerias sobre chassis somaram pouco mais de 9 mil unidades e anotaram aumento de 10,6%.
“O mercado está respondendo bem após quatro anos de crise e entendemos que este ano temos tudo para a retomada consistente no crescimento dos negócios”, estima o presidente da Anfir, Norberto Fabris.
A alta bimestral das vendas de implementos rodoviários de carga foi superior àquela anotada na venda de caminhões para o período (leia aqui). Entre os reboques e semirreboques se destaca o crescimento de 92% nas entregas de basculantes (3,7 mil unidades) e de 31,9% nas vendas de graneleiros (2,5 mil). Os baús para carga geral somaram 1,6 mil licenciamentos e cresceram 71,2%.
No segmento de carroceria sobre chassi, o maior volume foi anotado pelos baús de alumínio e frigoríficos, 4 mil unidades, mas o aumento nas vendas foi de apenas 4%.
A Anfir teme agora que o crescimento do setor seja interrompido pela alta nos preços do aço. Norberto Fabris acredita que qualquer revés seria “desastroso” nesse momento. “O aço teve aumento superior a 80% em 2020 e a maior parte desse custo não foi repassada”, garante.
A associação afirma que a carteira de cobrança da indústria de implementos não é indexada, ou seja, os valores devidos são fixos. A indexação da carteira é adotada quando aquele que vende protege seus ganhos contra eventuais flutuações de mercado, como reajustes na matéria-prima, repassando ao cliente esse custo.
“Não temos como repassar aos clientes e um eventual aumento seria absorvido pelos fabricantes, prejudicando a saúde financeira das empresas”, conclui o presidente da Anfir.
Conte-nos o que pensa e deixe seu comentário abaixo
Os comentários serão publicados após análise. Este espaço é destinado aos comentários de leitores sobre reportagens e artigos publicados no Portal Automotive Business. Não é o fórum adequado para o esclarecimento de dúvidas técnicas ou comerciais. Não são aceitos textos que contenham ofensas ou palavras chulas. Também serão excluídos currículos, pedidos de emprego ou comentários que configurem ações comerciais ou publicitárias, incluindo números de telefone ou outras formas de contato.
RECEBA POR E-MAIL A NEWSLETTER AUTOMOTIVE BUSINESS
Para receber todos os dias as notícias mais importantes do setor automotivo nacional e internacional, sem nenhum custo, basta inserir seu e-mail no campo abaixo
Entidade considera que resultados estão em linha com suas projeções, mas sugere que pandemia em alta, economia em baixa e ruídos da política podem trazer retrocesso
PEDRO KUTNEY, AB
Crescimento de 1,7% em março foi obtido apesar do fechamento de boa parte das unidades fabris no mês, graças ao maior número de dias úteis
WILSON TOUME, COM COLABORAÇÃO DE PEDRO KUTNEY, PARA AB