O diretor de Relações com Investidores da Vale, Roberto Castello Branco, previu nesta quinta-feira, 27, que o ciclo de alta dos preços do minério de ferro dure de 15 a 20 anos. Segundo ele, as fortes chuvas no Brasil e na Austrália estão contribuindo para impulsionar o preço das matérias-primas no curto prazo. Ele informou que a Vale deixou de embarcar em janeiro 500 mil toneladas de carvão na Austrália e 600 mil toneladas de minério de ferro no Brasil.
De acordo com o diretor, o impacto das perdas no mercado de carvão é maior porque representa 10% da produção prevista para a Austrália. Esta queda na produção fez o preço do insumo subir de um patamar em torno de US$ 200 para US$ 350 a tonelada. Já no caso do Brasil, Castello Branco disse que os atrasos nos embarques motivados pela chuva não terão impacto tão relevante sobre o mercado de minério de ferro, visto que representa uma parcela muito pequena da produção prevista para a companhia em 2011, que é de 311 milhões de toneladas.
O executivo lembrou que a disparada no preço do carvão motiva as empresas a buscarem alternativas para diminuir o custo de produção. Uma das alternativas, pondera, é o maior uso de minério de ferro de alta qualidade, como o da Vale. "Uma possível consequência é um aumento no preço do minério de ferro de alta qualidade", afirmou.
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